Caboclo - Ancestral Brasileiro

Vamos tentar através desta matéria, mostrar que os caboclos não tem vínculos e não pertencem às nações de candomblé do Brasil.

O significado da palavra caboclo é próprio de bugre, indígena de cor acobreada, mestiço de branco com índio, caipira, roceiro, sertanejo, enfim caboclo é um brasileiro que habita o interior, o sertão das terras brasileiras.

Sendo assim, o caboclo ou o boiadeiro, não pertencem de forma alguma às nações vindas do continente africano!

Quando os negros aqui chegaram, primeiro os Bantu, quase duzentos anos depois os Nagô/Yorubá, os índios já habitavam essas terras.

Adoradores do sol, da lua, de seu Deus Tupã, com seus costumes, culturas, crenças, tradições e com suas línguas, como: Carajá, Cariri, Tupi Guarani, Xetá, Tupinambá, Tapirapé, Paracanã, Tupari e muitas outras.

Também temos aqueles que chamamos de caboclos de couro, brasileiros sertanejos, que habitam os sertões, as caatingas, as terras áridas na lida dura, no manejo de suas boiadas no interior dos sertões do Brasil.

Temos que parar e refletir e não dizermos mais que os caboclos pertencem à esta ou àquela nação/religião (candomblé), se pertencessem a alguma nação, essa seria a nação do Brasil.
Digo isso, pois já escutei mais de uma vez, irmãos da cultura Nagô/Yorubá dizerem que tocam Angola em seus Ilês de culto à Orisá, para louvar caboclos, recolhem suas varas e tocam com as mãos entoando cantigas de louvação aos caboclos, acreditando que estão em um ritual de origem Angola/Bantu.
Isso é um equívoco, meus irmãos! Os caboclos estão aí para serem louvados e cultuados, basta apenas ter a competência para fazê-los de uma forma que não haja misturas entre o culto aos Minkisi (plural de Nkisi), Orisá ou Vodun.

Tendo conhecimento, podemos até assentá-los, porém da forma deles, com aquilo que lhes pertencem, como seus símbolos o sol, a lua, o arco e flecha, pedaços de pau, dentes de animais e tudo mais que à eles agradam, pois esses ancestrais dizem o que querem comer e beber por intermédio de possessão (incorporação) em seus médiuns e através de sua própria fala, dizem como elaborar seus assentamentos.


Esses assentamentos devem ficar fora do barracão em um culto exclusivo à eles, sem nenhum tipo de mistura com os fundamentos das Divindades africanas.
Então meus irmãos, os caboclos não pertencem aos bantu e nem aos Nagô e sim ao Brasil e à todos aqueles que os adoram e neles acreditam.
Eu particularmente tenho muito amor e fé nesses amigos da espiritualidade, mas não devemos de forma alguma, misturar o culto à eles com o culto às Divindades oriundas do continente africano.

Tata Kiretaua.

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